26 April 2007

Como?

A Sara diz-me que ele está a pôr-me na prateleira "gaja, ele pode não querer comer-te agora mas um dia pode querer, é isso que os homens fazem". A Mariana diz que ele é tímido e confuso, que eu tenho de esperar e ir com calma. A Inês diz que quer-me pelo sexo. Os homens todos que eu conheço e a quem contei a história dizem-me para o esquecer.
Eu digo que ele é um cobarde, que nem um "não" tem coragem de me dar. E concordo um bocadinho com toda a gente supracitada.
E tudo me remete para um dos meus primeiríssimos posts, "gostaria de saber, se eu deixasse, até que ponto me estupidificarias". Mas nem isso ele quer, nem usar-me ele quer, porque se ele fosse um bocadinho mais óbvio, eu era capaz de pôr o meu amor próprio de lado. Estou certa de que se ele soubesse ludibriar-me, eu deixa-lo-ia usar-me.


"Deixa-me. Não te quero, não me telefones mais, não gosto de ti.", se ao menos ele ligasse, esta sms teria feito muito mais sentido. Mesmo assim a enviei. Não tenho amor próprio algum a este ponto, mas ao menos preservo o meu sentido de humor em relação a mim própria. Ainda bem que ele não respondeu. Mensagem recebida e interiorizada.


"Ao menos fazias-me isto depois de termos feito sexo, era mais compreensível.", a esta respondeu, mas não foi com um "isto o quê?" porque sabe muito bem do que falo. Filho duma pega. Roubou-me o coração para o deitar fora.


"És um merdas. Tenho saudades do teu génio estranho.", ao que ele respondeu qualquer coisa irrelevante, onde punha palavras na minha boca, e onde se auto-intitulava o "sem sentimentos". Vá-se foder.


"Odeio-te. Espero que tenhas uma morte bastante desagradável. Afogado ou queimado.", esta nunca cheguei a enviar.

"Amo-te. E não há nada de racional que o explique, porque tecnicamente existem olhos mais lindos, homens mais inalcançáveis, mais inteligentes e com melhor sentido de humor. Se me perguntares porquê, a única e plausível resposta é "porque sim". Porque te amo.", esta também não.

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