Obrigada por me contemplares com o conhecimento de algo que desconhecia.
"Estás diferente, mudada", dizem-me. E achas que não o sei?! Se é algo que se passa comigo, achas que não fui a primeira a dar conta disso? Achas que não me sinto diferente? Porquê que não tentas amar o novo eu em vez de me recordares constantemente de quanto amas o antigo? O antigo já não sou eu. E o antigo relembra-me constantemente de quanto, neste momento, odeio os eu.
Crescer não é mudar? E que identidade suprema define com que intensidade e até quando se pode crescer? Eu não decidi crescer bruscamente, agora. E certamente não pedi para deixar de gostar das coisas que gostava, ou deixar de me divertir com as coisas que me divertiam.
Párem de chamar-me pelo nome! Já não me identifico com ele.
(Sinto-me uma fraude.)
E párem de dar-me os parabéns atrasados. Parabéns de quê? Ter vivido mais um ano? Mas isso é razão alguma para se felicitar alguém?
31 March 2007
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