23 May 2007

Apeteceu-me ser fácil.


Recriei tudo para poder estar contigo estando com ele. Nem o deixei falar muito, para poder ser mais fácil recorrer à minha fantasia. E fui mais longe com ele (mas não longe demais) como eu gostaria de ter ido contigo.

Fomos (não eu e ele, mas eu e tu) para o tal miradouro. Eu recriei a atitude, as frases, os temas, muitas das palavras daquele dia. Por coincidência tinha o mesmo casaco vestido, e cheguei mesmo a recriar a mesmo movimento célebre que te provocou aquela erecção pré-beijo(s), que, porventura, lhe provocou uma erecção também. Fui demais. Fui confiante e sedutora, e pedi-lhe para que me contemplasse despida, com a expressão de um misto de desejo e prazer que eu gostaria de ter visto na tua cara. Até pelo teu nome o chamei, porque eu e ele temos uma espécie de dinâmica mórbida, onde (como ficou provado) quase tudo é permitido. (Mas depois chamei-lhe outros tantos nomes, e o teu foi só um que fui repetindo no meio de todos os outros, porque percebi que ele é demasiado sujo e medieval para ser tratado pelo nome que te identifica.)

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