Não. Não és digno das minhas palavras. Não és digno do meu tempo. Não és sequer digno da constante sobreavaliação que faço aos homens.
Ou talvez sejas. Excluindo o facto de eu ter ficado completamente apanhada por ti, acho que, só por ti, mereces uma análise, porque és indismistificável. Nem sequer és possível de análise! Estou aqui às voltas a tentar analizar-te. O que aconteceu? Afinal, gostaste de mim? Gostaste sequer da noite? Se gostavas ou foste com a intenção de gostar talvez tu é que tenhas ficado desiludido,não? Imaginavas-me com classe, não? Mas como é que contigo eu perdi a classe? Correu tudo bem, tudo óptimo, até à hora de jantar. Estavamos a divertir-nos, o que é que se passou? Como é que tu jogas o meu jogo tão descaradamente e deixas-me a mim sem jogo? Como é que tu fazes o papel de inacessível melhor que eu?
Não consigo redigir um parágrafo completo que faça sentido, ou que pelos menos não tenha uma interrogação. Como é que tu podes atrofiar-me a tal ponto que não sei escrever? Tenho de voltar à primária? “Am I 13 again?”. Não consigo exprimir-me, eu sou a mulher das palavras por amor de Deus! Como é que isto é possível?? Como?!
Só queria saber o que é que significas. E não vou interrogar-me mais porquê que não gostaste de mim, afinal sou uma adulta e saberei lidar com a rejeição. Só queria entrevistar-te. Sim, fazer um longo questinário à tua personalidade. Sentar-me num café contigo e falar, simplesmente falar. Sim, porque digamos que não és nenhum génio em inteligência emocional, portanto, se não fosse uma extensiva entrevista, eu nunca te entenderei (se é que me sará dada a oportunidade de te entender). É que eu já conheci muitos homens, e na minha ingenuidade dos 19 anos pensei que tivesse vivido o suficiente para te enquadrar num tipo. Pensei que conhecesse todos os tipos, à partida. Mas esta noite, em simples palavras e simples olhares, derramaste o meu mundo por terra. Desfizeste-o. Eu tinha teses fundamentadas, pilares completamente sólidos, e num sopro tu mandaste-os todos por terra. Todos. Afinal, que tipo de homem és? E é por isso que és tão intrigante para mim. Podes ser um bananas, um cromo, mas passaste bem por um homem interessante e inteligente. E isso, só por si, me intriga. Nem és tu. É a tua perspicácia em conseguir arrasar-me. Desfazer em mil pedaços toda a minha confiança. E intriga-me, sinceramente, qualquer pessoa que possa estupidificar-me dessa maneira. Gostaria de saber, se eu deixasse, até que ponto me estupidificarias.
"How long can a girl be shackled to you?
How long before my dignity is reclaimed?
How long can a girl stay haunted by you?
(...)
How long can a girl be tortured by you?
How long before my dignity is reclaimed?
And how long can a girl be haunted by you?"
Alanis Morissette, "Flinch"
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
Porque o ser humano apesar de tudo continua a ser misterioso..
Porque apesar da liberdade de expressao, nunca expressamos tudo o que sentimos...
Porque nada é previsivel e isso sim é que nos alimenta a vida..
Porque a vida é efémera e tentamos sempre aproveita la ao maximo correndo o risco de apressarmos as coisas...
Beijinho desta amiga que te adora*
Post a Comment