06 February 2007

Chorar para quê se lágrimas não me consolam?
Berrar porquê se ninguém me ouve?
Falar o quê se não me entendes?
Reagir, responder, ripostar...?
Ouvir, assimilar e sofrer...?
É mais fácil...assim. Não. Nada nunca aqui parece mais fácil.
Sofrer em silêncio porquê, se o silêncio não me salva?
Não me aconchega nem me assegura...
Silêncio que me consome, que me tortura, neste fosso que existe que não existia.
Louca, destemida, foragida. Descabida.
Constrangida pela auto-censura.

Somo desilusões. Somo teorias sobre as desilusões. Somo consequências e cinismos. Traição e perversão. Pura continência, remissão sob o social que acredito irrisório. Lentamente, vou conjecturando, tornando-me cada vez mais mordaz, qual mulher calculista que não quero ser. Sofro das cicatrizes sob as feridas que sozinha abri. Auto-flagelação interna. Hoje pessimista desacreditada. Amanhã não sei. Aprenderei, porém, neste caminho auto-didacta, que não existe equação que nos resolva.




Nunca ninguém me ensinou a lidar comigo.

No comments: