A luz verde do semáforo indica a partida, um inicio, o fim de uma situação e o começar quase simultaneamente de outra. Só o laranja estabelece a ligação entre o vermelho e o verde ou entre passado e o presente...Tu estás laranja, estas a passar de menina para mulher...
E crescer não significa envelhecer...
Adoro te!
28 February 2007
Carta à minha melhor amiga
Não vou ser poética nem heróica, não me vou preocupar com a beleza dos vocábulos ou com a correcção escrita. Não quero saber que seja uma seca ler isto, não quero saber se vou divagar. Que se lixem os erros de sintaxe, e as incorrectas manifestações de gramática. O senhor professor Jorge Trindade que me perdoe. Que se foda. Vou simplesmente fazer uma tentativa desesperada de abrir o meu coração. De admitir, e assim exorcizar sentimentos que me inquietam, demónios que até agora não quis libertar das profundezas do meu subconsciente. (Estavam lá tão bem...)
Lembras-te daquela meia conversa sinistra que tivemos sobre eu andar inquieta? Estávamos a ir para o Colombo, paradas nos semáforos, e eu disse-te algo como “Epá, não sei porquê mas ando inquieta”. Tu franziste o sobrolho, e sem tirar os olhos do semáforo sorriste com uma expressão que-raio-queres-tu-dizer-com-isso. Eu, balbuciei mais uma palavras que tentassem descrever o que ando a sentir mas a meio desisti. Queria falar e não sabia se seria compreendida porque na altura nem eu compreendia o que queria dizer. Então perdemo-nos em outra conversa qualquer e arrumamos o assunto.
Pois mas aqui vai o que acho que queria dizer: porra, sinto-me só. São cinco e um quarto da manhã e eu levanto-me para as aulas daqui a quatro horas, e mesmo assim prefiro vir escrever para o blogue. Sou louca. Ou talvez seja isso, apetece-me voltar a ser louca e estou a entrar na merda da fase adulta, onde tenho de ser normal. Mas não, não é isso. O que me está a inquietar realmente, é o facto de eu ir percorrer 410 kilómetros para ser comida. Porra, estarei assim tão carente? Eu não era assim, eu gabo-me constantemente de não ser assim. Estarei a perder a minha personalidade? Será que ela vai-se desvanecendo dia após dia em detrimento de mim? Será que cada vez que me desiludo perco personalidade? Ou que à medida que vou crescendo torno-me só mais uma ovelhinha do rebanho?
Sinto-me assim. Sinto-me a tal pessoa oca que tantos me acham ser. Parece que quanto mais vivo menos sei. Poder-se-à desaprender? A arrogância da adolescência dá-nos coisas maravilhosas: somos os senhores da razão, as nossas crenças são as únicas válidas em todo o mundo.
Ultimamente tenho vindo a perder sex appeal, já vos tinha dito, mas vocês olharam para mim e abanaram as cabeças pensando que coitada sou, se perder o sex appeal fossem todos os meus problemas... Não foi? E se calhar esta porra desta inquietação é consequência de um amontoar de rejeições. Porque sozinha não estou. Sinto-me é só.
Eis os homens com os quais não posso sonhar:
- Teu Tabu Escsiano
- Meu Tabu Escsiano
- Fred
- Meu Outro Tabu Escsiano (o primeiro)
E mais não sei, mas sei que ultimamente tenho sido muito rejeitada, e a rejeição é algo com o qual eu nunca soube lidar.
Resolvo sempre a minha inquietação com listas. Mas desta vez não tenho objectivos. Portanto listo tudo aquilo em que me tornei, olho para mim e vejo-me assim:
- sem classe.
- sem postura.
- sem mistério.
- fria.
- feia.
- insegura (porra, onde está a minha auto-confiança?).
- sem entusiasmo.
- sem inteligência.
- sem inteligência emocional.
- sem aura.
- sem “vavavavum”.
- velha.
- a falar palavrões e a dizer ordinarices.
- sem vocabulário.
- cada vez mais burra e mais entregue à sociedade plebeia, mundana, comum, ignorante (portuguesa).
- sem amor.
- mal amada (são sinónimos, sei-o e estou-me a cagar).
- fumo.
- embebedo-me.
- faço sexo sem amor.
- faço sexo sempre com os mesmos três tipos (não simultaneamente é claro, mas não passa dos mesmos três, são como os horários de centro comercial: rotatividade meninos, rotatividade!).
- esforço-me tanto para ser amada (sempre sem sucesso)...!
- esforço-me para amar pessoas que, nem de longe, amo.
Outra situação que me prova inquietação é quando quero fazer algo e empenhar-me nisso com todas as energias do meu ser, mas censuro-me para não o fazer. Por exemplo, neste momento apetecia-me mandar uma sms ao Pedro, a dizer-lhe duas ou três coisinhas. Porque irrita-me o facto dele ter-me rejeitado, e porque irrita-me o facto dele dar-se bem com toda a gente e de toda a gente o adorar (quando quem precisa de amor e atenção sou eu, e porque o facto de eu o odiar quando todos o adoram faz-me parecer a má da fita. Sim, talvez isto seja uma competição, porque eu espero que ele tenha uma vida miserável e se arrependa de me ter rejeitado). Mas sabia que ele nunca iria responder (e como é óbvio, não há ninguém que adore ser rejeitado): “ Pedro, quando voltares daí desse sítio onde estás, e voltares à tua vidinha normal dos teus treinos aborrecidos, por favor engoles o teu orgulho que eu engulo o meu e convidas-me para um café? Vamos começar dar-nos bem, sim? Já está na hora. Já chega, sim? Eu sei que aquela nossa desavençazinha foi engraçada e tal, mas já chega, começa a tornar-se patológico não achas? Vá, que eu também sei ser querida. E já agora, começas a vir falar comigo no messenger para não ser sempre eu a tomar a iniciativa? E deixas-me uns comentários giros no Hi5? E voltas a chamar-me rainha e a fazer-me uma vénia cada vez que me vires na escola como dantes fazias? Beijinhos”. (Será que isto cabia tudo numa sms?)
Agora espero conseguir dormir.
(P.S. Não te atrevas a usares isto contra mim um dia)
Lembras-te daquela meia conversa sinistra que tivemos sobre eu andar inquieta? Estávamos a ir para o Colombo, paradas nos semáforos, e eu disse-te algo como “Epá, não sei porquê mas ando inquieta”. Tu franziste o sobrolho, e sem tirar os olhos do semáforo sorriste com uma expressão que-raio-queres-tu-dizer-com-isso. Eu, balbuciei mais uma palavras que tentassem descrever o que ando a sentir mas a meio desisti. Queria falar e não sabia se seria compreendida porque na altura nem eu compreendia o que queria dizer. Então perdemo-nos em outra conversa qualquer e arrumamos o assunto.
Pois mas aqui vai o que acho que queria dizer: porra, sinto-me só. São cinco e um quarto da manhã e eu levanto-me para as aulas daqui a quatro horas, e mesmo assim prefiro vir escrever para o blogue. Sou louca. Ou talvez seja isso, apetece-me voltar a ser louca e estou a entrar na merda da fase adulta, onde tenho de ser normal. Mas não, não é isso. O que me está a inquietar realmente, é o facto de eu ir percorrer 410 kilómetros para ser comida. Porra, estarei assim tão carente? Eu não era assim, eu gabo-me constantemente de não ser assim. Estarei a perder a minha personalidade? Será que ela vai-se desvanecendo dia após dia em detrimento de mim? Será que cada vez que me desiludo perco personalidade? Ou que à medida que vou crescendo torno-me só mais uma ovelhinha do rebanho?
Sinto-me assim. Sinto-me a tal pessoa oca que tantos me acham ser. Parece que quanto mais vivo menos sei. Poder-se-à desaprender? A arrogância da adolescência dá-nos coisas maravilhosas: somos os senhores da razão, as nossas crenças são as únicas válidas em todo o mundo.
Ultimamente tenho vindo a perder sex appeal, já vos tinha dito, mas vocês olharam para mim e abanaram as cabeças pensando que coitada sou, se perder o sex appeal fossem todos os meus problemas... Não foi? E se calhar esta porra desta inquietação é consequência de um amontoar de rejeições. Porque sozinha não estou. Sinto-me é só.
Eis os homens com os quais não posso sonhar:
- Teu Tabu Escsiano
- Meu Tabu Escsiano
- Fred
- Meu Outro Tabu Escsiano (o primeiro)
E mais não sei, mas sei que ultimamente tenho sido muito rejeitada, e a rejeição é algo com o qual eu nunca soube lidar.
Resolvo sempre a minha inquietação com listas. Mas desta vez não tenho objectivos. Portanto listo tudo aquilo em que me tornei, olho para mim e vejo-me assim:
- sem classe.
- sem postura.
- sem mistério.
- fria.
- feia.
- insegura (porra, onde está a minha auto-confiança?).
- sem entusiasmo.
- sem inteligência.
- sem inteligência emocional.
- sem aura.
- sem “vavavavum”.
- velha.
- a falar palavrões e a dizer ordinarices.
- sem vocabulário.
- cada vez mais burra e mais entregue à sociedade plebeia, mundana, comum, ignorante (portuguesa).
- sem amor.
- mal amada (são sinónimos, sei-o e estou-me a cagar).
- fumo.
- embebedo-me.
- faço sexo sem amor.
- faço sexo sempre com os mesmos três tipos (não simultaneamente é claro, mas não passa dos mesmos três, são como os horários de centro comercial: rotatividade meninos, rotatividade!).
- esforço-me tanto para ser amada (sempre sem sucesso)...!
- esforço-me para amar pessoas que, nem de longe, amo.
Outra situação que me prova inquietação é quando quero fazer algo e empenhar-me nisso com todas as energias do meu ser, mas censuro-me para não o fazer. Por exemplo, neste momento apetecia-me mandar uma sms ao Pedro, a dizer-lhe duas ou três coisinhas. Porque irrita-me o facto dele ter-me rejeitado, e porque irrita-me o facto dele dar-se bem com toda a gente e de toda a gente o adorar (quando quem precisa de amor e atenção sou eu, e porque o facto de eu o odiar quando todos o adoram faz-me parecer a má da fita. Sim, talvez isto seja uma competição, porque eu espero que ele tenha uma vida miserável e se arrependa de me ter rejeitado). Mas sabia que ele nunca iria responder (e como é óbvio, não há ninguém que adore ser rejeitado): “ Pedro, quando voltares daí desse sítio onde estás, e voltares à tua vidinha normal dos teus treinos aborrecidos, por favor engoles o teu orgulho que eu engulo o meu e convidas-me para um café? Vamos começar dar-nos bem, sim? Já está na hora. Já chega, sim? Eu sei que aquela nossa desavençazinha foi engraçada e tal, mas já chega, começa a tornar-se patológico não achas? Vá, que eu também sei ser querida. E já agora, começas a vir falar comigo no messenger para não ser sempre eu a tomar a iniciativa? E deixas-me uns comentários giros no Hi5? E voltas a chamar-me rainha e a fazer-me uma vénia cada vez que me vires na escola como dantes fazias? Beijinhos”. (Será que isto cabia tudo numa sms?)
Agora espero conseguir dormir.
(P.S. Não te atrevas a usares isto contra mim um dia)
27 February 2007
Ao minuto
24 February 2007
http://www.vivevibrasorri.blogspot.com/
É dificil ser conformista no que diz respeito a sentimentos, mas ao ver a panóplia de seres que existem à minha volta prontos a dar-me aquilo que não tens para me dar vou, pouco a pouco, deixando desvanecer tudo aquilo que tinha guardado para ti. Mas olho para eles e sinto me horrível, uso-os para preencher o espaço que tu não podes preencher. Não te condeno, muito menos a eles...condeno me a mim.
texto integral em http://www.vivevibrasorri.blogspot.com/
texto integral em http://www.vivevibrasorri.blogspot.com/
se eu fosse tão calculista tinha calculado isto não achas?
Como podes continuar a pe
rpetuar essa imagem que tens de mim como mulher frívola e desprovida de qualquer emotividade quando eu me entreguei a ti? Não percebeste que aqueles gemidos, aquelas faces coradas de prazer, aquele apertar de mãos, aquele enterrar de dedos na tua roupa, aquela fragilidade de emoções, aquela carência de abraços, toda aquela emoção pela atenção, talvez fossem claros sinais de entrega? Não foram pistas suficientes? Como podes condenar os meus actos calculistas quando contigo não fiz mais do que descontinuar esses comportamentos? Não és tão perspicaz quanto te julgas. Devias sentir-te hornado pela oportunidade que desperdiçaste de entrar no meu coração. Ou talvez não te importes. Ou talvez eu não saiba o que sinto. Não perceba o que sinto.

Let it flow
Será que realmente vale a pena? Será que não é puro egoismo preencher as lacunas de atenção com o carinho de quem gosta muito de nós? Deveremos dar largas ao amor e deixar que este flua nos nossos corpos de tal forma que nos faça esquecer concepções que já estavam em nós interiorizadas? O amor não pode nunca ser racionalizado, mas a partir de um determinado ponto na minha vida comecei a faze-lo e temo que isto torne a minha vida numa fantasia por mim construida. Uma fantasia que só vai trazer desilusão, porque ninguem vive num conto de fadas. A realidade está lá fora e espera por nós, só temos que vivê-la e deixar fluir...
23 February 2007
dar uma oportunidade ao amor.
Desde quando é que escolhemos de quem gostar? Desde quando é que primeiro avaliamos toda a situação económico-social de um homem para depois nos permitirmos de nos apaixoanar por ele? Quantas vezes repelimos um homem por sabermos que estamos a aproximar-nos demasiado do nosso oposto ideal de homem? Desde quando um homem deixa de ser "boyfriend material"? Desde quando nos damos ao luxo de recusar o amor por razões tão frívolas como o cabelo dele, as ex-namoradas, a mãe, o emprego dele...? Desde quando adiamos o amor? Não é suposto o amor ser avassalador, estrondoso? Desde quando medimos o amor?...
22 February 2007
Esta é a história de uma menina que às vezes se sente muito muito deprimida.
Ela odeia ser quem é. Vê as imagens de séries americanas, onde dois californianos apaixonados fazem-na chorar de solidão. Ela chora e muda de canal. Muda de canal e chora. Já não precisa de ouvir os diálogos, os louros cabelos de ambos reflectem o pôr-do-sol de um local idílico e ela lembra-se que outrora fora feliz. Ouvindo o seu chill out, lembra-se do seu cenário idílico, outrora real. Recosta a cabeça para trás, engole a azeda saliva a seco e deixa uma outra lágrima escolher-lhe pela face, enquanto evoca memórias que não quer evocar. Entre gemidos e fungadelas, evoca memórias que quer e não quer evocar.
Falam de Alanis Morissette, o seu assunto preferido da altura, o feminismo em forma de música. Entram no amo.te chiado, de onde se podia ouvir um electro pop fantástico. Esperam em silêncio pacientemente pelo pedido, uma coca cola e um café, porque entretanto a conversa tinha-se esgotado. Mas não foi um silêncio constrangedor. Desviavam os olhos e coravam descaradamente. Um gostava do outro sim, mas nunca poderiam
imaginar que em dois anos se odiariam. “Então foi assim mesmo”, pensa ela para si. Já fui feliz sim.
A coca cola chegou, e naquele momento, naquele primeiro encontro, ele declarou-se. Silenciosa mas descaradamente. Eram tão puros, duas crianças que ainda não tinham sido corrompidas nem arrastadas para um mar de complicações e jogos cínicos desse tal dito amor. Na altura ainda tudo era simples, e mesmo num sítio bastante luminoso, ao balcão de um estabelecimento, lado a uma multidão de gente, com uma música bastante alta e barulhenta, deu-se o momento mais ternurento entre duas pessoas. Duas almas a tocarem-se publicamente, sem ninguém ver. Desde então nunca mais niguém se conectou tão intimamente com ela, sem sequer falar. Desde então nunca niguem lhe disse “amo-te” no primeiro encontro. Desde então nunca ninguém lhe disse um “amo-te” sentido reciprocamente.
O copo que trazia a sua bebida, tinha o logótipo do bar, “amo.te chiado”, e ele, lentamente, naquele silêncio reconfortante, conduziu a sua atenção com o olhar para aquele copo, e girou o copo sobre si, mostrando-lhe simplesmente a parte “amo.te”. Ela, extasiada de felicidade, desviou o olhar e corou até à raiz dos cabelos. Soltou um sorriso que não conseguia conter. De repente, deixou de se preocupar com o cabelo, ou com o seu tique nervoso de morder o lábio. Mordeu o lábio descaradamente e, sempre fitando o chão, mudou de assunto pondo o cabelo atrás da orelha. Não queria saber de parecer gira, sabia que era gira a seus olhos e isso bastava. Ele, o rapaz mais tímido do mundo, com quem apenas tivera conversas banais, apenas dissera-lhe baixinho “amo-te”, tinha sido melhor do que ela imaginara, e nem imaginaria que aquela relação viria a ser a mais amarga que alguma vez teria. A mesma pessoa por quem ela seria capaz de dar a própria vida, seria odiada de morte a dada altura. Em pouco tempo, ela viria a concretizar todas as suas fantasias, e a viver todos os seus pesadelos.
Ainda hoje ela não sabe se valeu a pena. Se valeu a pena morrer por dentro para viver o melhor momento da sua vida aos 15 anos. Se realmente valeu a pena desfazelar-se aos poucos nos últimos anos, pela recordação daquele momento.
Ela odeia ser quem é.
Falam de Alanis Morissette, o seu assunto preferido da altura, o feminismo em forma de música. Entram no amo.te chiado, de onde se podia ouvir um electro pop fantástico. Esperam em silêncio pacientemente pelo pedido, uma coca cola e um café, porque entretanto a conversa tinha-se esgotado. Mas não foi um silêncio constrangedor. Desviavam os olhos e coravam descaradamente. Um gostava do outro sim, mas nunca poderiam

A coca cola chegou, e naquele momento, naquele primeiro encontro, ele declarou-se. Silenciosa mas descaradamente. Eram tão puros, duas crianças que ainda não tinham sido corrompidas nem arrastadas para um mar de complicações e jogos cínicos desse tal dito amor. Na altura ainda tudo era simples, e mesmo num sítio bastante luminoso, ao balcão de um estabelecimento, lado a uma multidão de gente, com uma música bastante alta e barulhenta, deu-se o momento mais ternurento entre duas pessoas. Duas almas a tocarem-se publicamente, sem ninguém ver. Desde então nunca mais niguém se conectou tão intimamente com ela, sem sequer falar. Desde então nunca niguem lhe disse “amo-te” no primeiro encontro. Desde então nunca ninguém lhe disse um “amo-te” sentido reciprocamente.
O copo que trazia a sua bebida, tinha o logótipo do bar, “amo.te chiado”, e ele, lentamente, naquele silêncio reconfortante, conduziu a sua atenção com o olhar para aquele copo, e girou o copo sobre si, mostrando-lhe simplesmente a parte “amo.te”. Ela, extasiada de felicidade, desviou o olhar e corou até à raiz dos cabelos. Soltou um sorriso que não conseguia conter. De repente, deixou de se preocupar com o cabelo, ou com o seu tique nervoso de morder o lábio. Mordeu o lábio descaradamente e, sempre fitando o chão, mudou de assunto pondo o cabelo atrás da orelha. Não queria saber de parecer gira, sabia que era gira a seus olhos e isso bastava. Ele, o rapaz mais tímido do mundo, com quem apenas tivera conversas banais, apenas dissera-lhe baixinho “amo-te”, tinha sido melhor do que ela imaginara, e nem imaginaria que aquela relação viria a ser a mais amarga que alguma vez teria. A mesma pessoa por quem ela seria capaz de dar a própria vida, seria odiada de morte a dada altura. Em pouco tempo, ela viria a concretizar todas as suas fantasias, e a viver todos os seus pesadelos.
Ainda hoje ela não sabe se valeu a pena. Se valeu a pena morrer por dentro para viver o melhor momento da sua vida aos 15 anos. Se realmente valeu a pena desfazelar-se aos poucos nos últimos anos, pela recordação daquele momento.
Ela odeia ser quem é.
someday i will.
É impossível crescer-se num dia só. Mas eu cresci. E arrogantemente atrevo-me a considerar-me melhor que tu que estás a ler. Mas só nesse sentido.
Cresci anos num só dia. Num único dia. Em 24 horas de meditação, introspecção, descoberta. Nem sei se há vocábulo que descreva este pequeno grande retiro que fiz num cantinho de pensamento. Nem custou nada. Nem doeu. Anos e anos a pensar que a ignorância seria uma bêncão. E a dar voltas na questão existencialista. Anos e anos de dúvidas, séculos anteriores a mim de fisólofos e filosofias. De Messias e doutrinas.
Nem doeu.
Nem envolveu dogmas.
Não doeu. Afinal a sabedoria não dói.
E para tudo isto, bastou-me descobir uma pessoa. Uma só pessoa. E não é um Deus, nem um dito Messias. Não é sequer uma entidade. É simplesmente uma pessoa. Como tu. Como eu.
Descobrir sim, porque esta pessoa é um tesouro. Descobrir sim, porque conhecê-la verdadeiramente jamais. É impossível. E mesmo assim é só uma pessoa. Como tu. Como eu.
Bastou-me tirar um tempinho. E ler umas palavrinhas num blogue. E lê-las como se de uma doutrina se tratasse. Mas uma doutrina simples e linda. Pura e sensata. Concreta e concisa. Bela por não se preocupar em ser bela. Pura. Quase poética. Quase heróica.
Que ousadia, dizer que te amarei para sempre. Mas não a ti. Àquilo que representas. Amar-te-ei para sempre, até ao final dos meus dias, e não te assustes porque será simplesmente em agradecimento daquilo que me fizeste ver. Do peso que me retiraste das costas. Do alívio, da liberdade que me concedeste.
Anos e anos a querer falar, a querer dizê-las. Sem sucesso. E num ápice abalaste o meu mundo. Tremi. Porque conseguiste pôr em lindas palavras tudo aquilo que eu sempre quis dizer. E se o mundo não existisse? E se a raça humana se extinguisse? Estamos só a adiar o inevitável, não é? Afinal, qualquer dia esta merda vai toda c’um caralho porque nós tivemos de inventar o aquecimento global. E é aqui que faço minhas as tuas palavras: não tenham filhos.
“Se amas e sabes porquê então não amas”.
Cresci anos num só dia. Num único dia. Em 24 horas de meditação, introspecção, descoberta. Nem sei se há vocábulo que descreva este pequeno grande retiro que fiz num cantinho de pensamento. Nem custou nada. Nem doeu. Anos e anos a pensar que a ignorância seria uma bêncão. E a dar voltas na questão existencialista. Anos e anos de dúvidas, séculos anteriores a mim de fisólofos e filosofias. De Messias e doutrinas.
Nem doeu.
Nem envolveu dogmas.
Não doeu. Afinal a sabedoria não dói.
E para tudo isto, bastou-me descobir uma pessoa. Uma só pessoa. E não é um Deus, nem um dito Messias. Não é sequer uma entidade. É simplesmente uma pessoa. Como tu. Como eu.
Descobrir sim, porque esta pessoa é um tesouro. Descobrir sim, porque conhecê-la verdadeiramente jamais. É impossível. E mesmo assim é só uma pessoa. Como tu. Como eu.
Bastou-me tirar um tempinho. E ler umas palavrinhas num blogue. E lê-las como se de uma doutrina se tratasse. Mas uma doutrina simples e linda. Pura e sensata. Concreta e concisa. Bela por não se preocupar em ser bela. Pura. Quase poética. Quase heróica.
Que ousadia, dizer que te amarei para sempre. Mas não a ti. Àquilo que representas. Amar-te-ei para sempre, até ao final dos meus dias, e não te assustes porque será simplesmente em agradecimento daquilo que me fizeste ver. Do peso que me retiraste das costas. Do alívio, da liberdade que me concedeste.
Anos e anos a querer falar, a querer dizê-las. Sem sucesso. E num ápice abalaste o meu mundo. Tremi. Porque conseguiste pôr em lindas palavras tudo aquilo que eu sempre quis dizer. E se o mundo não existisse? E se a raça humana se extinguisse? Estamos só a adiar o inevitável, não é? Afinal, qualquer dia esta merda vai toda c’um caralho porque nós tivemos de inventar o aquecimento global. E é aqui que faço minhas as tuas palavras: não tenham filhos.
“Se amas e sabes porquê então não amas”.
14 February 2007
Day One

O jogo já começou e nada nem ninguem nos irá fazer desistir, somos pessoas de personalidade forte e que tentam sempre cumprir os objectivos. Mas será que podemos encarar o amor como um jogo? Não será colocar demasiada frieza e calculismo num sentimento que deve ser espontâneo? Talvez... Mas na vida nem tudo nos pode ser entregue de mão beijada, as vitórias suadas têm muito mais valor!
Objectivo principal: não deixar que a frieza deles ironicamente nos derreta... Recorreremos ao nariz empinado, ao orgulho e talvez até às demonstrações de poder, isto porque eles gostam de ser pisados, empurrados para baixo e até mesmo desprezados. Afinal de contas "empurra que vem" e este será o nosso lema.
Podemos ter uma amarga derrota mas ao menos tentámos!
Agora que o jogo começou, preparem-se...
Até pode ser dificil conseguir, mas também será dificil resistir!
13 February 2007
12 February 2007
Se forem minhas amigas, fingem que nunca postei isto.
Alteraste-me a vida te tal forma que até a minha noção espacio-temporal mudou. Os padões de tempo convencionais foram-se. O calendário pelo qual eu tenho regido toda a minha vida, da noite para o dia, se desfez. É como se tivesse mudado de civilização de repende. De cultura. De modo de vida. Dezanove anos a contruir uma identidade, uma personalidade, para tu a desfazeres num par de horas. Agora a minha semana começa à quinta-feira, porque a cada quinta feira contabilizo o número de semanas que ando a bater mal. Agora o mês começa no dia um, mas já consigo perceber o porquê de começar no dia um e não noutro dia qualquer.
Consigo, consegues, trascender todas as leis da física.
Onze dias a bater mal. Quem vou eu enganar? Só se for aos outros. Onze dias a bater mal. Não tenho um amor assim desde o Carlos Pedro. Desde os 12 anos de idade. E pelo Carlos Pedro andei a bater mal durante dois anos. Ou mais. Se hoje o visse não sei se conseguiria não tremer. Dois anos a bater mal e a ser desprezada e desprezada e desprezada. Não quero bater mal assim por ti. Mas já fui desprezada, desprezada e desprezada. Por favor não me ponhas a bater mal dois anos seguidos. Por favor deixa-me esquecer-te.
Onze dias a medir palvras, a calcular distâncias. A ser outra pessoa. A tentar reduzir a minha ignorância e o nosso choque cultural. A prever conversas e contar ocasiões. Onze dias de lembranças que esforço-me para não se desvanecerem, de encontros premeditados. Onze dias de depressão, a ouvir Diana Krall. Onze dias a tentar prever o futuro, analisando aquela passada quinta-feira. Onze dias a fantasiar. Até sou feliz nas minhas fantasias contigo, consegues conceber tal conceito? Eu e tu, nas minhas fantasias somos felizes. Eu sou feliz. Mais feliz do que sou agora. Mais feliz que qualquer outrora. Sei que são fantasias, sei que
não devia permitir-me sonhar, porque a desilusão é maior ao abrir os olhos. Mas nas horas de insónia, fecho-me e obrigo-me a alienar-me da realidade. Deve ser isso a meditação. Não penso em nada. Não oiço ruídos. Adormeço, meia acordada, e obrigo-me a sonhar contigo. A sonhar que me telefonaste. E nessas fantasias, completamente controladas pelo meu consciente, – vem aí a parte cómica – tu tratas-me mal. Percebeste? Percebeste bem? Sou maluca ou não sou? É questionável a minha sanidade mental ou não? Eu, sob total controle das minhas fantasias românticas contigo, nelas tu tratas-me mal. Quão irónico é, saber que gosto de sofrer? Nas minhas fantasias começas por tratar-me bem, e depois o meu subconsciente solta-se e começa a divagar... e aí tu tratas-me mal. Quando percebo que contigo sofro até em sonhos acordados, afasto-me dessa imagem e crio outra. Crio outra que terá o mesmo final. E é assim, um processo cíclico, agridoce, no qual me tratas bem e mal. Ao menos fantasio contigo fazendo-te um retrato fiel. Fantasio-te com a tua dupla personalidade, com a tua crueza, e com o pouco demais mistério que conheço de ti.
E a minha alma sofre, já chora. Só falta a materialização desse choro. Em onze dias não chorei por ti. Cerrei os olhos com força e implorei ao meu coração o choro de um coração doente. Mas não consegui. O máximo que consegui foram uns míseros olhos enevoados.
Não chorei porque chorar por ti significaria libertar-me de ti. É como perdoar, choramos quando perdoamos. Quando nos libertamos de um fardo para admitir outro, o fardo de ter perdoado. E o meu pobre coração não admite ainda essa transação. O meu pobre coração quer de tal forma manter-te prisioneiro que o meu corpo bloqueia, rejeita qualquer perdão. Chorar seria admitir. Chego ao ponto de me torturar com música deprimente e recordações idiotas daquela quinta-feira, na esperança de chorar. De me libertar. De exorcizar todos os meus demónios. De exorcizar-te. De lavar a alma com aquela água triste e salgada. Aquele fungar, aquela dor de cabeça que grita “depois da tempestade vem a bonança”. Mas chorar seria admitir, seria libertar-te. Seria libertar-me. Porque afinal amar “é querer estar preso por vontade” e “ter com quem nos mata lealdade”, não é verdade?
Consigo, consegues, trascender todas as leis da física.
Onze dias a bater mal. Quem vou eu enganar? Só se for aos outros. Onze dias a bater mal. Não tenho um amor assim desde o Carlos Pedro. Desde os 12 anos de idade. E pelo Carlos Pedro andei a bater mal durante dois anos. Ou mais. Se hoje o visse não sei se conseguiria não tremer. Dois anos a bater mal e a ser desprezada e desprezada e desprezada. Não quero bater mal assim por ti. Mas já fui desprezada, desprezada e desprezada. Por favor não me ponhas a bater mal dois anos seguidos. Por favor deixa-me esquecer-te.
Onze dias a medir palvras, a calcular distâncias. A ser outra pessoa. A tentar reduzir a minha ignorância e o nosso choque cultural. A prever conversas e contar ocasiões. Onze dias de lembranças que esforço-me para não se desvanecerem, de encontros premeditados. Onze dias de depressão, a ouvir Diana Krall. Onze dias a tentar prever o futuro, analisando aquela passada quinta-feira. Onze dias a fantasiar. Até sou feliz nas minhas fantasias contigo, consegues conceber tal conceito? Eu e tu, nas minhas fantasias somos felizes. Eu sou feliz. Mais feliz do que sou agora. Mais feliz que qualquer outrora. Sei que são fantasias, sei que

E a minha alma sofre, já chora. Só falta a materialização desse choro. Em onze dias não chorei por ti. Cerrei os olhos com força e implorei ao meu coração o choro de um coração doente. Mas não consegui. O máximo que consegui foram uns míseros olhos enevoados.
Não chorei porque chorar por ti significaria libertar-me de ti. É como perdoar, choramos quando perdoamos. Quando nos libertamos de um fardo para admitir outro, o fardo de ter perdoado. E o meu pobre coração não admite ainda essa transação. O meu pobre coração quer de tal forma manter-te prisioneiro que o meu corpo bloqueia, rejeita qualquer perdão. Chorar seria admitir. Chego ao ponto de me torturar com música deprimente e recordações idiotas daquela quinta-feira, na esperança de chorar. De me libertar. De exorcizar todos os meus demónios. De exorcizar-te. De lavar a alma com aquela água triste e salgada. Aquele fungar, aquela dor de cabeça que grita “depois da tempestade vem a bonança”. Mas chorar seria admitir, seria libertar-te. Seria libertar-me. Porque afinal amar “é querer estar preso por vontade” e “ter com quem nos mata lealdade”, não é verdade?
11 February 2007
“Qual é a tua cena, meu?”
Hipótese a) não se sente fisicamente atraído por mim (hum...não me cheira).
Hipótese b) achou-me uma idiota chapada.
Hipótese c) achou-me complicada.
Hipótese d) achou-me boa demais pra ele.
Hipótese e) achou que eu tenho excesso de auto-estima e decidiu castigar-me com desprezo, para ser diferente.
Hipótese f) não sabe, ainda não percebeu (sim Inês, claaaaro).
Hipótese g) não percebi o humor dele e ele não percebeu o meu.
Hipótese h) eu estava a esforçar-me demasiado.
Hipótese i) ele sentiu-se pressionado (pressionou-se a si mesmo...).
Hipótese j) não tenho feromonas.
Hipótese k) é homosexual.
Hipótese l) o meu cabelo estava horrível.
Hipótese m) é virgem.
Hipótese n) sou popstar, pimba, horrível, sociável (?) demais para ele.
Hipótese o) pensou que eu estava completamente rendida e que ia ser fácil demais.
Hipótese p) assustou-se com a minha independência e frontalidade.
Hipótese q) assustou-se com a conversa da circuncisão e ficou inseguro por não ser circuncisado.
Hipótese r) assustou-se com a conversa ao telefone com a Catarina.
Hipótese s) assustou-se.
Hipótese t) estou/sou gorda.
Hipótese u) falo alto, falo com comida na boca, digo palavrões e os meus amigos não me respeitam.
Hipótese v) saiu comigo como sairia para dar uma oportunidade a qualquer outra pessoa, mas sabia de antemão que já não ia gostar de mim e a teimosia dele não o deixou admitir que afinal estava (e está) errado.
Hipótese y) todas as acima.
Hipótese x) saiu comigo como sairia para dar uma oportunidade a qualquer outra pessoa, e simplesmente desiludiu-se (esta também abrange as hipóteses a, b, c, d, e, f, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, e v portanto, caso responda que sim a esta, é favor marcar a qual das hipóteses (a, b, c, d, e, f, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, ou v) se refere).
Publico isto porque na vida só podemos evoluir se soubermos o quão baixo somos capazes de descer. Somos bons vencedores se soubermos perder. Só sabemos quem somos se soubermos de onde viemos. Isto foi o quão baixo desci. Isto foi de onde vim. Mas é um lugar que nunca mais quero visitar. Foi uma porta que sozinha abri, e que agora decido fechar. Felizmente está selada. Felizmente só durou uma semana e três dias.
Hipótese b) achou-me uma idiota chapada.
Hipótese c) achou-me complicada.
Hipótese d) achou-me boa demais pra ele.
Hipótese e) achou que eu tenho excesso de auto-estima e decidiu castigar-me com desprezo, para ser diferente.
Hipótese f) não sabe, ainda não percebeu (sim Inês, claaaaro).
Hipótese g) não percebi o humor dele e ele não percebeu o meu.
Hipótese h) eu estava a esforçar-me demasiado.
Hipótese i) ele sentiu-se pressionado (pressionou-se a si mesmo...).
Hipótese j) não tenho feromonas.
Hipótese k) é homosexual.
Hipótese l) o meu cabelo estava horrível.
Hipótese m) é virgem.
Hipótese n) sou popstar, pimba, horrível, sociável (?) demais para ele.
Hipótese o) pensou que eu estava completamente rendida e que ia ser fácil demais.
Hipótese p) assustou-se com a minha independência e frontalidade.
Hipótese q) assustou-se com a conversa da circuncisão e ficou inseguro por não ser circuncisado.
Hipótese r) assustou-se com a conversa ao telefone com a Catarina.
Hipótese s) assustou-se.
Hipótese t) estou/sou gorda.
Hipótese u) falo alto, falo com comida na boca, digo palavrões e os meus amigos não me respeitam.
Hipótese v) saiu comigo como sairia para dar uma oportunidade a qualquer outra pessoa, mas sabia de antemão que já não ia gostar de mim e a teimosia dele não o deixou admitir que afinal estava (e está) errado.
Hipótese y) todas as acima.
Hipótese x) saiu comigo como sairia para dar uma oportunidade a qualquer outra pessoa, e simplesmente desiludiu-se (esta também abrange as hipóteses a, b, c, d, e, f, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, e v portanto, caso responda que sim a esta, é favor marcar a qual das hipóteses (a, b, c, d, e, f, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, ou v) se refere).
Publico isto porque na vida só podemos evoluir se soubermos o quão baixo somos capazes de descer. Somos bons vencedores se soubermos perder. Só sabemos quem somos se soubermos de onde viemos. Isto foi o quão baixo desci. Isto foi de onde vim. Mas é um lugar que nunca mais quero visitar. Foi uma porta que sozinha abri, e que agora decido fechar. Felizmente está selada. Felizmente só durou uma semana e três dias.
08 February 2007
Porquê que é tão errado ser-se honesto?
Tento encontrar-me nos escombros do meu quarto. Será que esta desarrumação representa o estado caótico em que se encontra a minha vida e todo o meu estado emocional? Será que já nem tento manter as coisas no sítio porque o mesmo se passa com os meus sentimentos? Será que eu já desisti de mim e de tentar me organizar?Tento fazer poesia pela tristeza das minhas experiências. A dor é boa para a arte, dizem. Mas que arte posso eu fazer, limitada pelo vocabulário e pela gramática? A dor transcende a linguagem, e neste momento não consigo exteriorizar algo que faça sentido.
Ando hipnotizada pela variada programação televisiva à distância de um telecomando. De tanto em tanto, parto algo para me sentir aliviada. Para me sentir viva. Penso em anestesiar-me. Mas depois penso que não quero viver a minha vida para que mais outro vício se apodere de mim. Penso em ti, o meu único inconcebível vício. Penso em matar o que de físico há em mim para me vingar do meu próprio vício. Para me vingar de ti.
20 De Março de 2006
Ando hipnotizada pela variada programação televisiva à distância de um telecomando. De tanto em tanto, parto algo para me sentir aliviada. Para me sentir viva. Penso em anestesiar-me. Mas depois penso que não quero viver a minha vida para que mais outro vício se apodere de mim. Penso em ti, o meu único inconcebível vício. Penso em matar o que de físico há em mim para me vingar do meu próprio vício. Para me vingar de ti.
20 De Março de 2006
Sinto-me mais atraída por aquilo que representas do que por aquilo que és.
Todas as pessoas podiam ser como tu. Deviam ser como tu. Interessantes e estimulantes. Contigo a conversa flui, mesmo sendo um assunto trivial. Contigo os temas são inesgotáveis e, ao contrário das conversas que tenho com o resto do mundo, não me confin
as a liberdade de expressão e individualidade, a opinião pessoal e sincera. Não me confinas na tristeza dos preconceitos idealistas.
És o único que não me estigmatiza pela honestidade crua dos meus pensamentos e pareces fascinado pelas minhas divagações. Elogias-me, lisonjeias-me, honras-me com o interesse que demonstras. Não me julgas, não te ofendes, entendes-me mesmo quando divergimos de opinião. Acho que já o disse: estimulas-me. Contigo sinto-me mais inteligente, não tenho de ser condescendente, e contigo posso ser o que sou, verdadeira, única, genuína, raw! Contigo quero ser uma esponja e embeber-me em tua sabedoria, e na sabedoria que fazes suscitar em mim. Sabedoria essa que nego a mim própria a maior parte das vezes, por me subestimar e retrair, por me auto-censurar.
Exaltas o meu ser. És como uma especiaria que só apura o sabor de boa comida, um perfume que suplementa um óptimo odor corporal.
15 De Março de 2006

És o único que não me estigmatiza pela honestidade crua dos meus pensamentos e pareces fascinado pelas minhas divagações. Elogias-me, lisonjeias-me, honras-me com o interesse que demonstras. Não me julgas, não te ofendes, entendes-me mesmo quando divergimos de opinião. Acho que já o disse: estimulas-me. Contigo sinto-me mais inteligente, não tenho de ser condescendente, e contigo posso ser o que sou, verdadeira, única, genuína, raw! Contigo quero ser uma esponja e embeber-me em tua sabedoria, e na sabedoria que fazes suscitar em mim. Sabedoria essa que nego a mim própria a maior parte das vezes, por me subestimar e retrair, por me auto-censurar.
Exaltas o meu ser. És como uma especiaria que só apura o sabor de boa comida, um perfume que suplementa um óptimo odor corporal.
15 De Março de 2006
07 February 2007
posso até ter dois buracos, mas um está fora de uso.
Nunca esteve!
"- Ai pah, esta posição não me está a dar jeito...
- Hum, hum, ha, ha...
- Miúda...
- Hum, hum, ha, ha, ha, hha, haaaaaaa, ha.
- ....posso te comer por trás?
- O quê???? mas 'tás-te A PASSAR OU QUÊ??? Foda-se!!! Vou mas é vestir-me!!
- O quê miúda? Que foi, que aconteceu? Mas linda, 'tava tão bom...
- Vá, vais-me levar a casa. 'Bora."
(private joke)
"- Ai pah, esta posição não me está a dar jeito...
- Hum, hum, ha, ha...
- Miúda...
- Hum, hum, ha, ha, ha, hha, haaaaaaa, ha.
- ....posso te comer por trás?
- O quê???? mas 'tás-te A PASSAR OU QUÊ??? Foda-se!!! Vou mas é vestir-me!!
- O quê miúda? Que foi, que aconteceu? Mas linda, 'tava tão bom...
- Vá, vais-me levar a casa. 'Bora."
(private joke)
vou fugir daqui.
o meu alter-ego é uma Diva bronzeada e exigente,sensual e confiante, que usa sempre óculos de sol.
Adorava poder relaxar. Embeber-me numa banheira de leite condensado para aveludar a pele e
quem sabe deleitar-me o gosto e exaltar os meus sentidos. Ser gulosa e comer com todos os sentidos. Exfoliar o corpo com sais de manga e maracujá, e um travo a framboesa madura. Caminhar em pepitas de chocolate branco e nozes, e pintar as unhas dos pés côr canela-de-mel. Lavar o cabelo em leite de amêndoa caramelizada e nos lábios batôn de cereja silvestre. Envolver-me em cheiros, sabores e cores tácteis. Agradáveis e apaziguadoras. Sucumbir à luxúria de me namorar.
Adorava poder relaxar. Embeber-me numa banheira de leite condensado para aveludar a pele e
06 February 2007
Chorar para quê se lágrimas não me consolam?
Berrar porquê se ninguém me ouve?
Falar o quê se não me entendes?
Reagir, responder, ripostar...?
Ouvir, assimilar e sofrer...?
É mais fácil...assim. Não. Nada nunca aqui parece mais fácil.
Sofrer em silêncio porquê, se o silêncio não me salva?
Não me aconchega nem me assegura...
Silêncio que me consome, que me tortura, neste fosso que existe que não existia.
Louca, destemida, foragida. Descabida.
Constrangida pela auto-censura.
Somo desilusões. Somo teorias sobre as desilusões. Somo consequências e cinismos. Traição e perversão. Pura continência, remissão sob o social que acredito irrisório. Lentamente, vou conjecturando, tornando-me cada vez mais mordaz, qual mulher calculista que não quero ser. Sofro das cicatrizes sob as feridas que sozinha abri. Auto-flagelação interna. Hoje pessimista desacreditada. Amanhã não sei. Aprenderei, porém, neste caminho auto-didacta, que não existe equação que nos resolva.
Nunca ninguém me ensinou a lidar comigo.
Berrar porquê se ninguém me ouve?
Falar o quê se não me entendes?
Reagir, responder, ripostar...?
Ouvir, assimilar e sofrer...?
É mais fácil...assim. Não. Nada nunca aqui parece mais fácil.
Sofrer em silêncio porquê, se o silêncio não me salva?
Não me aconchega nem me assegura...
Silêncio que me consome, que me tortura, neste fosso que existe que não existia.
Louca, destemida, foragida. Descabida.
Constrangida pela auto-censura.
Somo desilusões. Somo teorias sobre as desilusões. Somo consequências e cinismos. Traição e perversão. Pura continência, remissão sob o social que acredito irrisório. Lentamente, vou conjecturando, tornando-me cada vez mais mordaz, qual mulher calculista que não quero ser. Sofro das cicatrizes sob as feridas que sozinha abri. Auto-flagelação interna. Hoje pessimista desacreditada. Amanhã não sei. Aprenderei, porém, neste caminho auto-didacta, que não existe equação que nos resolva.
Nunca ninguém me ensinou a lidar comigo.
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destemida,
foragida. Descabida.,
Louca
Porquê que entrecruzas as tuas pernas nas minhas se não me queres?
Vou no comboio de headphones nos ouvidos, o meu mp3 toca qualquer coisa triste de Diana Krall. Não devia martirizar-me mais com música tão triste. Olho pela janela e está um daqueles dias britânicos. Agridoces como tu. Sol ao fundo mas nuvens aqui. Vestimos a nossa melhor roupa por baixo de um longo casaco de Inverno. E os óculos de sol na mala, na esperança que a jornada floresça para se tornar um solarengo quente dia de Inverno. Vivemos o nosso inverno assim, na esperança desses dias. Se não fosse essa esperança, o Inverno seria muito mais deprimente.
Este sentimento consome-me, mata-me. Já não me sinto assim desde que tinha 13 anos. Já me tinha esquecido que era tão avassalador, tão deprimente, tão bom. Morro por dentro aos pouquinhos, por cada vez que olho para o meu telemóvel e nenhuma sms tua me aparece no visor. Quanto mais tempo passa menos esperança tenho, mas nem por isso este sentimento se desvanece.

Estou sozinha, naquele comboio imenso. Olho para o trânsito, e sinto-me minúscula nesta cidade enorme, qual criança sem amor.
Olho para o chão, envergonhada, porque vou esboçar um sorriso. Espero que ninguém me veja. Aqui, sozinha, o ouvir o meu mp3 e a sorrir. Que ridícula. Que rídicula que me sinto. Porquê que não consigo parar de sorrir? Mordo os lábios para controlar-me. Baixo a cara uma vez mais, antes de verificar que estou a ser discreta. Porquê que estou a sorrir se me sinto tão deprimida, tão devastada? Se tu não me correspondes? Se vou para a escola na esperança de te ver. Simplesmente ver-te. Não vou dizer nada, eu sei que não consigo. Mas ver-te é como ver o sol ao fundo, num triste dia de inverno. Subitamente percebo. E mordo os lábios mais uma vez em sinal de nervosismo. Não acredito que estou a começar a aperceber-me destes sentimentos. Estou a sorrir porque sinto-me levitar. Morrer por dentro não é assim tão mau. Avassalador sim, mas devastador não. É, mais uma vez, agridoce. Não gosto de me repetir assim, mas é. Não é um sentimento que me faça feliz, mas é um sentimento feliz, portanto sorrio. De repente apercebo-me que estou a viver os melhores dias da minha vida. Nunca mais me vou sentir assim, porque tudo o que vier a seguir vou bloquear. Porque apesar de ser bom não me quero sentir assim nunca mais. Nunca mais quero estar tão emocionalmente presa a alguém. Sim, porque apesar de não me quereres eu sou tua. E de mais niguém.
É este o sentimento que me faz levantar de manhã e perder horas com o meu cabelo, na esperança que repares. És tu que me faz viver para, aos poucos, me assassinares por dentro de mansinho. Como é possível, a mesma pessoa que me faz sentir tão bem, simultaneamente, me faz sentir tão miserável? És tu o meu sol. O meu sol britânico numa triste manhã de Inverno.
*a foto não é da minha autoria, peço desculpa à autora por ter-lha descaradamente roubado. www.fotolog.com/sarita_catita (a imitação é a forma mais honesta de lisonja)
Este sentimento consome-me, mata-me. Já não me sinto assim desde que tinha 13 anos. Já me tinha esquecido que era tão avassalador, tão deprimente, tão bom. Morro por dentro aos pouquinhos, por cada vez que olho para o meu telemóvel e nenhuma sms tua me aparece no visor. Quanto mais tempo passa menos esperança tenho, mas nem por isso este sentimento se desvanece.

Estou sozinha, naquele comboio imenso. Olho para o trânsito, e sinto-me minúscula nesta cidade enorme, qual criança sem amor.
Olho para o chão, envergonhada, porque vou esboçar um sorriso. Espero que ninguém me veja. Aqui, sozinha, o ouvir o meu mp3 e a sorrir. Que ridícula. Que rídicula que me sinto. Porquê que não consigo parar de sorrir? Mordo os lábios para controlar-me. Baixo a cara uma vez mais, antes de verificar que estou a ser discreta. Porquê que estou a sorrir se me sinto tão deprimida, tão devastada? Se tu não me correspondes? Se vou para a escola na esperança de te ver. Simplesmente ver-te. Não vou dizer nada, eu sei que não consigo. Mas ver-te é como ver o sol ao fundo, num triste dia de inverno. Subitamente percebo. E mordo os lábios mais uma vez em sinal de nervosismo. Não acredito que estou a começar a aperceber-me destes sentimentos. Estou a sorrir porque sinto-me levitar. Morrer por dentro não é assim tão mau. Avassalador sim, mas devastador não. É, mais uma vez, agridoce. Não gosto de me repetir assim, mas é. Não é um sentimento que me faça feliz, mas é um sentimento feliz, portanto sorrio. De repente apercebo-me que estou a viver os melhores dias da minha vida. Nunca mais me vou sentir assim, porque tudo o que vier a seguir vou bloquear. Porque apesar de ser bom não me quero sentir assim nunca mais. Nunca mais quero estar tão emocionalmente presa a alguém. Sim, porque apesar de não me quereres eu sou tua. E de mais niguém.
É este o sentimento que me faz levantar de manhã e perder horas com o meu cabelo, na esperança que repares. És tu que me faz viver para, aos poucos, me assassinares por dentro de mansinho. Como é possível, a mesma pessoa que me faz sentir tão bem, simultaneamente, me faz sentir tão miserável? És tu o meu sol. O meu sol britânico numa triste manhã de Inverno.
*a foto não é da minha autoria, peço desculpa à autora por ter-lha descaradamente roubado. www.fotolog.com/sarita_catita (a imitação é a forma mais honesta de lisonja)
04 February 2007
nunca senti tanta vergonha dos meus sentimentos
Fiz sexo com o meu ex a pensar em ti. Nem sequer me permiti sentir muito prazer, para não digavar e correr o risco de acidentalmente chamar pelo teu nome. Limitei-me a absorver aquelas sensações, como se fosses tu, mantendo-me o mais possível afastada do teu nome. Mas eras tu, e a sensação de que eras tu a beijar-me, tu a tocar-me, o teu hálito quente sobre os meus lábios...foi boa. Na verdade foi agridoce, porque por um lado queria soltar-me, mas por outro queria era soltar-me contigo. E o facto de estar a gostar de estar com outra pessoa que não eras tu (mas parecias-me tu) não anestesiou a minha dor.
O pior foi o pós-sexo, quando partilhámos um cigarro. Ainda assim, agora desperta, não parei de fugir contigo, para algum lugar que não precisava de ser exótico, bastava que aquelas fossem as tuas mãos a tocar nas minhas, e que aqueles olhos que me comtemplavam fossem teus.
Ele não pára de mandar-me sms, como desejo que fosses tu.
O pior foi o pós-sexo, quando partilhámos um cigarro. Ainda assim, agora desperta, não parei de fugir contigo, para algum lugar que não precisava de ser exótico, bastava que aquelas fossem as tuas mãos a tocar nas minhas, e que aqueles olhos que me comtemplavam fossem teus.
Ele não pára de mandar-me sms, como desejo que fosses tu.
02 February 2007
Porque o ser humano apesar de tudo continua a ser misterioso...
Porque apesar da liberdade de expressão, nunca expressamos tudo o que sentimos...
Porque nada é previsivel e isso sim é que nos alimenta a vida...
Porque a vida é efémera e tentamos sempre aproveita-la ao maximo correndo o risco de apressarmos as coisas...
Inês
Porque apesar da liberdade de expressão, nunca expressamos tudo o que sentimos...
Porque nada é previsivel e isso sim é que nos alimenta a vida...
Porque a vida é efémera e tentamos sempre aproveita-la ao maximo correndo o risco de apressarmos as coisas...
Inês
O Que é Que Eu Vou Fazer Com Todo Este Meu Talento Para Alienar Homens Decentes? (II parte)
Não. Não és digno das minhas palavras. Não és digno do meu tempo. Não és sequer digno da constante sobreavaliação que faço aos homens.
Ou talvez sejas. Excluindo o facto de eu ter ficado completamente apanhada por ti, acho que, só por ti, mereces uma análise, porque és indismistificável. Nem sequer és possível de análise! Estou aqui às voltas a tentar analizar-te. O que aconteceu? Afinal, gostaste de mim? Gostaste sequer da noite? Se gostavas ou foste com a intenção de gostar talvez tu é que tenhas ficado desiludido,não? Imaginavas-me com classe, não? Mas como é que contigo eu perdi a classe? Correu tudo bem, tudo óptimo, até à hora de jantar. Estavamos a divertir-nos, o que é que se passou? Como é que tu jogas o meu jogo tão descaradamente e deixas-me a mim sem jogo? Como é que tu fazes o papel de inacessível melhor que eu?
Não consigo redigir um parágrafo completo que faça sentido, ou que pelos menos não tenha uma interrogação. Como é que tu podes atrofiar-me a tal ponto que não sei escrever? Tenho de voltar à primária? “Am I 13 again?”. Não consigo exprimir-me, eu sou a mulher das palavras por amor de Deus! Como é que isto é possível?? Como?!
Só queria saber o que é que significas. E não vou interrogar-me mais porquê que não gostaste de mim, afinal sou uma adulta e saberei lidar com a rejeição. Só queria entrevistar-te. Sim, fazer um longo questinário à tua personalidade. Sentar-me num café contigo e falar, simplesmente falar. Sim, porque digamos que não és nenhum génio em inteligência emocional, portanto, se não fosse uma extensiva entrevista, eu nunca te entenderei (se é que me sará dada a oportunidade de te entender). É que eu já conheci muitos homens, e na minha ingenuidade dos 19 anos pensei que tivesse vivido o suficiente para te enquadrar num tipo. Pensei que conhecesse todos os tipos, à partida. Mas esta noite, em simples palavras e simples olhares, derramaste o meu mundo por terra. Desfizeste-o. Eu tinha teses fundamentadas, pilares completamente sólidos, e num sopro tu mandaste-os todos por terra. Todos. Afinal, que tipo de homem és? E é por isso que és tão intrigante para mim. Podes ser um bananas, um cromo, mas passaste bem por um homem interessante e inteligente. E isso, só por si, me intriga. Nem és tu. É a tua perspicácia em conseguir arrasar-me. Desfazer em mil pedaços toda a minha confiança. E intriga-me, sinceramente, qualquer pessoa que possa estupidificar-me dessa maneira. Gostaria de saber, se eu deixasse, até que ponto me estupidificarias.
"How long can a girl be shackled to you?
How long before my dignity is reclaimed?
How long can a girl stay haunted by you?
(...)
How long can a girl be tortured by you?
How long before my dignity is reclaimed?
And how long can a girl be haunted by you?"
Alanis Morissette, "Flinch"
Ou talvez sejas. Excluindo o facto de eu ter ficado completamente apanhada por ti, acho que, só por ti, mereces uma análise, porque és indismistificável. Nem sequer és possível de análise! Estou aqui às voltas a tentar analizar-te. O que aconteceu? Afinal, gostaste de mim? Gostaste sequer da noite? Se gostavas ou foste com a intenção de gostar talvez tu é que tenhas ficado desiludido,não? Imaginavas-me com classe, não? Mas como é que contigo eu perdi a classe? Correu tudo bem, tudo óptimo, até à hora de jantar. Estavamos a divertir-nos, o que é que se passou? Como é que tu jogas o meu jogo tão descaradamente e deixas-me a mim sem jogo? Como é que tu fazes o papel de inacessível melhor que eu?
Não consigo redigir um parágrafo completo que faça sentido, ou que pelos menos não tenha uma interrogação. Como é que tu podes atrofiar-me a tal ponto que não sei escrever? Tenho de voltar à primária? “Am I 13 again?”. Não consigo exprimir-me, eu sou a mulher das palavras por amor de Deus! Como é que isto é possível?? Como?!
Só queria saber o que é que significas. E não vou interrogar-me mais porquê que não gostaste de mim, afinal sou uma adulta e saberei lidar com a rejeição. Só queria entrevistar-te. Sim, fazer um longo questinário à tua personalidade. Sentar-me num café contigo e falar, simplesmente falar. Sim, porque digamos que não és nenhum génio em inteligência emocional, portanto, se não fosse uma extensiva entrevista, eu nunca te entenderei (se é que me sará dada a oportunidade de te entender). É que eu já conheci muitos homens, e na minha ingenuidade dos 19 anos pensei que tivesse vivido o suficiente para te enquadrar num tipo. Pensei que conhecesse todos os tipos, à partida. Mas esta noite, em simples palavras e simples olhares, derramaste o meu mundo por terra. Desfizeste-o. Eu tinha teses fundamentadas, pilares completamente sólidos, e num sopro tu mandaste-os todos por terra. Todos. Afinal, que tipo de homem és? E é por isso que és tão intrigante para mim. Podes ser um bananas, um cromo, mas passaste bem por um homem interessante e inteligente. E isso, só por si, me intriga. Nem és tu. É a tua perspicácia em conseguir arrasar-me. Desfazer em mil pedaços toda a minha confiança. E intriga-me, sinceramente, qualquer pessoa que possa estupidificar-me dessa maneira. Gostaria de saber, se eu deixasse, até que ponto me estupidificarias.
"How long can a girl be shackled to you?
How long before my dignity is reclaimed?
How long can a girl stay haunted by you?
(...)
How long can a girl be tortured by you?
How long before my dignity is reclaimed?
And how long can a girl be haunted by you?"
Alanis Morissette, "Flinch"
O Que é Que Eu Vou Fazer Com Todo Este Meu Talento Para Alienar Homens Decentes?
"So Unsexy"
Oh these little rejections how they add up quickly
One small sideways look and I feel so ungood
Somewhere along the way I think I gave you the power to make
Me feel the way I thought only my father could
Oh these little rejections how they seem so real to me
One forgotten birthday I'm all but cooked
How these little abandonments seem to sting so easily
I'm 13 again am I 13 for good?
I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind
Oh these little protections how they fail to serve me
One forgotten phone call and I'm deflated
Oh these little defenses how they fail to comfort me
Your hand pulling away and I'm devastated
When will you stop leaving baby?
When will I stop deserting baby?
When will I start staying with myself?
Oh these little projections how they keep springing from me
I jump my ship as I take it personally
Oh these little rejections how they disappear quickly
The moment I decide not to abandon me
Oh these little rejections how they add up quickly
One small sideways look and I feel so ungood
Somewhere along the way I think I gave you the power to make
Me feel the way I thought only my father could
Oh these little rejections how they seem so real to me
One forgotten birthday I'm all but cooked
How these little abandonments seem to sting so easily
I'm 13 again am I 13 for good?
I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind
Oh these little protections how they fail to serve me
One forgotten phone call and I'm deflated
Oh these little defenses how they fail to comfort me
Your hand pulling away and I'm devastated
When will you stop leaving baby?
When will I stop deserting baby?
When will I start staying with myself?
Oh these little projections how they keep springing from me
I jump my ship as I take it personally
Oh these little rejections how they disappear quickly
The moment I decide not to abandon me
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