17 January 2008

too late for (re)solutions

Eu sei que mais é menos, e que só deveria escrever quando tenho algo para dizer. Pseudo postagens e pseudo acontecimentos é algo que não existe na minha vida, não há espaço nela, por entre todo o seu lixo, mais lixo é coisa que não necessito.

Mas sinto que tenho algo a dizer. Daí a defini-lo é outra coisa.
Sinto-o na dor de ter uma cama vazia, e lençóis de papel, e cabelo curto... É a mesma sensação que tenho ao acordar antes de o despertador tocar, porque o meu corpo ressente a nicotina ou - ainda mais transcendente - porque tenho um pressentimento que não se deixa ignorar.
Mas desta vez, o que é? Sim, o que é? Basta de noites mal dormidas, basta de doces que nunca me vão curar. Basta de ser vítima, basta de chorar este luto que dura um ano. Uma merda de um ano. Um ano que foi tudo. Tudo...
Agridoce, principalmente.
Um ano que me obrigou a questionar tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que desejo.
Um ano que me pareceu um pestanejar e que me parece ainda por acabar. Um ano que durou uma epifania.


A culpa é dos filmes. Sim, e das séries da Fox. Sem elas eu não sentiria tanto a tua falta Sérgio, sem elas... eu seria muito mais do que sou agora mas metade do que alguma vez serei. Porque se a dor existe é para nos lembrar que não somos invulneráveis, nem desprovidos de peso, nem imortais.

E digo-o. Digo o teu nome para que ele perca a sua importância, para que seja só um nome.

1 comment:

HSB said...

admiro a tua maneira de escrever. tem um toque de "o sexo e a cidade". falas de sexo com uma naturalidade curriqueira e encantadora. tentares esquecer o "nazi" não é mais que uma fase a ultrapassar. via.o como uma inspiração para ti, é óbvio. mas outras inspirações virão. de tudo de mau que te possa ter feito, ao menos tornou.te numa boa escritora e uma interessante entertainer.