Não te vou pedir desculpas. Não. Não mereces.
Já que fui instrumento dos teus momentos de fantasia, aqueles em que te imaginavas um gajo podre de bom por estares cheio da possibilidade de teres uma miúda como eu, tu também foste a minha ferramenta de prazer naquele dia, em que te humilhei na minha fantasia de toda-poderosa. De mulher audaciosa, bêbada e implacável. Pedir-te desculpas por quê? Por ter necessitado de ti para poder dizer o que me estava entalado nas entranhas e dormir um bela noite de sono? Sem ti a minha fantasia não teria tido o mesmo realismo, e não creio que sejas digno de ouvires sair dos meus lindos lábios um pedido de desculpas no qual tento limpar a minha imagem ao mesmo tempo em que me torno incongruente. Sou uma mal-educada, mas uma mal educada coerente. Que se agarra às suas convicções. E para além do mais, a imagem que tens de mim pouco me importa.
E só mais uma coisa (e desta vez serei realmente breve porque não quero que os últimos 45 minutos da minha vida que te ofereci sejam muito mais do que isso): eu sou insignificante para ti, não sou? Então em que medida aquilo te afectou? Em que medida aquilo destroçou o teu ego e feriu a tua auto-estima?
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment